Palavra da Gestão

Comentário do Gestor

Após cinco meses consecutivos de ganhos no IFIX, tivemos o primeiro mês de realização de lucros para o índice de fundos imobiliários, em linha com deterioração dos ativos de risco domésticos, resultado também da forte saída de capital estrangeiro, registrando uma desvalorização de 1,36% em julho (aos 3.436,38 pontos, porém ainda acumulando ganhos de 10,27% no ano). Conforme supracitado, a maior influência para os fundamentos do mercado de fundos imobiliários ficou para a forte abertura na curva de juros, em especial os vértices mais longos, diante da alta na tarifária anunciados pelos EUA. Por outro lado, no mercado real, temos visto noticiário e acompanhamento dos fundamentos do setor imobiliário, com divulgação de dados de vacância em queda e aumentos de preços seja para galpões logísticos, como para lajes corporativas.

Em julho, não tivemos ganhos para os setores, sendo que varejo, híbridos, ativos financeiros, Fundos de Fundos (FoFs) e logísticos tiveram desempenho melhor do que IFIX, já escritórios, Hedge Funds (multiestratégia) e shoppings tiveram desempenho abaixo do benchmark. Já no acumulado do ano, os setores de multiestratégia, ativos financeiros, escritórios e shoppings são os destaques de alta (nesta ordem), com um desempenho superando o benchmark, já logísticos, híbrido, varejo e Fundos de Fundos (FoFs) ainda tem performance abaixo do IFIX, apesar de ainda apresentarem um desempenho positivo. Apesar das incertezas de curto prazo, fruto de um cenário doméstico marcado por incertezas, no tocante à condução da política fiscal e monetária doméstica, além de potenciais choques externos, mantemos uma visão otimista no médio prazo, visto os sólidos fundamentos dos ativos reais, os quais tendem a convergir para seus valores intrínsecos, resultando em redução do desconto em relação ao valor negociado no mercado secundário, principalmente diante um possível alívio na taxa de juros para o final do ano e 2026.