RB Capital Desenvolvimento Residencial IV – FII (RBIR11)
O RB Capital Desenvolvimento Residencial IV é um fundo de investimento imobiliário constituído sob a forma de condomínio fechado, formado por uma única classe de cotas. O fundo tem por objetivo investir em (i) permutas físicas e financeiras de projetos residenciais; e (ii) adquirir participações societárias em SPE’s que desenvolvem empreendimentos imobiliários residenciais, localizados em diferentes regiões do Brasil.
Cotação de Mercado
Palavra da Gestão
Data de referência: Junho 2025
Para mais informações, confira na íntegra a Carta do Gestor.
Comentários da Gestora
O atual ciclo de política monetária no Brasil está longe do fim e isso tem reflexos cada vez mais diretos no cotidiano da economia real. Em sua última reunião, o Banco Central elevou a Selic para 15,00% ao ano, justificando a decisão com um cenário de inflação ainda elevada e expectativas desancoradas. Apesar de alguns sinais de moderação na atividade, o mercado de trabalho segue aquecido, e a inflação de serviços, especialmente, continua mostrando inércia.
O que antes era visto como um aperto temporário de juros, agora se consolida como uma política contracionista prolongada, necessária para corrigir desequilíbrios persistentes entre oferta e demanda. Isso afeta o crédito, o consumo, os investimentos e, especialmente, o mercado imobiliário.
Mesmo com a resiliência de setores menos sensíveis ao ciclo econômico, como a agropecuária, o restante da economia começa a sentir o peso dos juros altos. O mercado imobiliário, tradicionalmente dependente do crédito, é um dos primeiros a reagir. Famílias encontram mais dificuldade em financiar imóveis: as parcelas pesam mais no orçamento, os bancos apertam os critérios de concessão e o apetite do comprador diminui. A conversão de propostas em vendas vem caindo, e o índice de desistência tem aumentado.
Essa retração da demanda é um efeito direto da estratégia do Banco Central. Ao enxugar o consumo e encarecer o crédito, a autoridade monetária espera frear a inflação. No entanto, o efeito colateral é visível: a engrenagem do setor imobiliário começa a desacelerar. Os lançamentos perdem força, os estoques aumentam e o otimismo diminui. Não por acaso, os indicadores de confiança no setor estão mais baixos do que há um ano, mesmo com algum repique recente.
Para quem investe em ativos imobiliários — como fundos de papel ou de tijolo — o cenário exige cautela e visão de longo prazo. De um lado, os fundos atrelados a inflação ou CDI se beneficiam do nível elevado da taxa básica, protegendo parcialmente a renda do cotista. De outro, cresce o desafio de manter a qualidade da carteira, diante de um mercado mais seletivo e do risco de inadimplência aumentando entre os mutuários.
Já para os fundos que investem diretamente em imóveis, a equação é mais sensível. A pressão sobre os aluguéis, o possível aumento da vacância e a maior exigência por retorno — em um ambiente de juros altos — podem impactar tanto o valor patrimonial quanto a distribuição de rendimentos. É natural que os ativos mais expostos a contratos curtos, ou com menor poder de barganha, sofram mais neste ciclo.
Em resumo, o cenário traçado pelo Banco Central sinaliza que os juros permanecerão elevados por mais tempo e, com isso, o mercado imobiliário enfrentará uma travessia mais longa e mais desafiadora, ainda que os fundamentos estruturais do setor permaneçam sólidos.
Informações Básicas





















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Nota Importante
Haverá isenção do Imposto de Renda Retido na Fonte e na Declaração de Ajuste Anual das Pessoas Físicas com relação aos rendimentos distribuídos pelo Fundo ao Cotista pessoa física, desde que observados, cumulativamente, os seguintes requisitos: (i) o Cotista pessoa física não seja titular de montante igual ou superior a 10% (dez por cento) das Cotas do Fundo; (ii) as respectivas Cotas não atribuírem direitos a rendimentos superiores a 10% do total de rendimentos auferidos pelo Fundo; (iii) o Fundo receba investimento de, no mínimo, 50 (cinquenta) Cotistas; e (iv) as Cotas, quando admitidas a negociação no mercado secundário, sejam negociadas exclusivamente em bolsas de valores ou mercado de balcão organizado.